Você já se perguntou por que algumas micropigmentações ficam com um tom perfeito e outras acabam puxando para o cinza, vermelho ou até laranja? A resposta está na colorimetria, uma das ferramentas mais poderosas para quem quer dominar a arte da micropigmentação.
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ToggleColorimetria é o estudo das cores, suas combinações e como elas se comportam em diferentes superfícies — no nosso caso, a pele.
Na micropigmentação, ela é essencial para garantir que o resultado final esteja em harmonia com o tom da pele do cliente e permaneça bonito ao longo do tempo.
Ignorar a colorimetria é como pintar uma parede no escuro. Pode até funcionar, mas as chances de erro são enormes.
Ela evita tonalidades indesejadas, correções frequentes e resultados artificiais, tornando-se indispensável para resultados naturais e duradouros.
Tudo começa pelas três cores primárias: vermelho, azul e amarelo. A mistura delas dá origem às cores secundárias (verde, laranja e roxo) e, a partir disso, temos uma gama infinita de cores terciárias.
O círculo cromático é o melhor amigo do profissional de micropigmentação. Ele ajuda a visualizar quais cores se anulam, quais se complementam e quais devem ser evitadas para determinado tom de pele.
Cores quentes têm base amarelada, alaranjada ou avermelhada. Já as frias puxam para o azul, verde ou roxo. Saber identificar isso no pigmento e na pele do cliente é chave para o sucesso.
No círculo cromático, cores opostas se neutralizam. Por exemplo, se uma sobrancelha ficou azulada, o ideal é usar pigmentos alaranjados para corrigir.
A melanina atua como um filtro sobre o pigmento aplicado. Por isso, o mesmo pigmento pode ter resultados completamente diferentes em peles claras, morenas ou negras. O segredo está em personalizar cada aplicação.
Ao ser implantado na derme, o pigmento sofre alterações conforme a oxigenação, exposição solar e metabolismo da pele. Por isso, escolher a cor certa desde o início faz toda a diferença.
Cada pele reage de forma diferente. Entender os fototipos de Fitzpatrick (de 1 a 6) é essencial para prever como o pigmento irá se comportar.
Escolher o pigmento ideal para cada cliente requer uma análise cuidadosa, já que cada pessoa possui características únicas.
Primeiramente, é essencial observar o subtom da pele — que pode ser quente, frio ou neutro —, o tom atual das sobrancelhas e o resultado desejado, para então selecionar a cor mais adequada.
Quando se trata de correções, sobrancelhas acinzentadas devem ser neutralizadas com tons quentes, como os alaranjados, enquanto as avermelhadas necessitam de pigmentos frios ou com base esverdeada.
Além disso, a neutralização de tons indesejados exige o uso de pigmentos corretivos com base oposta ao tom presente, sendo fundamental evitar a sobreposição direta de cores sem a neutralização prévia.
Em alguns casos, o tom ideal não está disponível pronto, e é aí que entra a mistura de pigmentos — uma prática que combina arte e precisão, exigindo conhecimento profundo em colorimetria.
Ao realizar procedimentos de pigmentação, é fundamental evitar o uso de pigmentos inadequados para o fototipo do cliente, pois cada tipo de pele exige uma abordagem específica.
Por exemplo, aplicar pigmentos muito claros em peles escuras pode resultar em um aspecto artificial. Além disso, é importante considerar o fundo de pele — que pode ser oliva, rosado ou amarelado —, já que ele influencia diretamente na cor final do pigmento.
Outro ponto crucial é não subestimar a influência da luz e do processo de cicatrização; a iluminação do ambiente pode distorcer a percepção das cores, portanto, é indispensável utilizar uma luz neutra e de boa qualidade.
Ademais, é preciso lembrar que a cor sofrerá alterações durante a cicatrização, o que torna ainda mais necessário o cuidado na escolha do pigmento desde o início.
Tenha em sua paleta:
A colorimetria é um universo em constante evolução. Participe de workshops, cursos e mentorias com especialistas para se manter atualizado.
Invista em lupas, lâmpadas de LED, anel de luz e espelhos com fidelidade de cor. Seu trabalho merece as melhores ferramentas.
A colorimetria na micropigmentação não é apenas um detalhe técnico, é o alicerce que sustenta todo o processo, desde a escolha do pigmento até a estabilidade da cor ao longo do tempo.
Entender como as cores interagem com os subtons de pele, como elas se modificam durante a cicatrização e como neutralizar tons indesejados é essencial para entregar resultados verdadeiramente personalizados.
Profissionais que dominam a colorimetria conseguem prever o comportamento dos pigmentos, evitando surpresas e garantindo maior satisfação do cliente.
Além disso, esse conhecimento reduz significativamente o risco de correções futuras e amplia a credibilidade do trabalho realizado.
Em um mercado competitivo, onde técnicas se popularizam rapidamente, é o domínio da teoria das cores que diferencia o artista do aplicador. Investir em colorimetria é investir em excelência, segurança e durabilidade.
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